CARNAVAL EM 1907 (conclusão)
Seguia-se um interessante carro alegórico às Artes. Era uma grande palheta, na qual as tintas, misturando-se caprichosamente formavam uma menina. Nesse lugar ia a galante Rolinha, filha do senhor Humberto Vernhianini. A guarda de honra a este carro, de belo efeito, era feita pelos distintos rapazes Romeu Chaves, Santinho, Joãozinho Ferraz e Nabor Cardoso, todos trajados corretamente a pintores flamengos.
Depois de alguns carros conduzindo fantasias vinha o carro de crítica que provocou o mais ruidoso sucesso. Era uma barrica que espirituosos mascaras diziam conter intrigas e denuncias, tendo num dos lados monumental cabeça da qual saiam cobras e lagartos. Ao lado algumas sacas de fubá.
Num outro carro de crítica, valentes cabos eleitorais cabalavam a eleição mdo coronel Sapicú. Estes dois carros arrancaram gostosas gargalhadas, trazendo a população em constante hilaridade.
Atrás a rapaziada carregava u caixão e gatos pingados, conduzindo roroas de capim, lamentavam com ais pungentes a morte de sua querida … inha.
Fechavam o préstito a banda musical Cel. Carlos Porto e ruidoso e barulhento Zé Pereira. Em todas as ruas por onde passou o préstito notava-se extraordinária afluência de povo que aplaudia calorosamente.
Segunda e terça-feira dançou-se animadamente na Sociedade Literária, tendo às soiréescomparecido o que de mais seleto e distinto na nossa sociedade.
Felicitamos os distintos promotores dos festejos carnavalescos, pelo brilhante êxito que alcançaram, êxito que nem o despeito e a inveja combinados poderão marear e diminuir.
Leia a coluna anterior sobre o Carnaval de 1907, acessando aqui!
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