Qualquer vaga serve? Não caia nessa armadilha

Karla Clarinda

Sabemos que a área profissional tem importância fundamental na vida de qualquer pessoa e que estar empregado (a) traz tranquilidade e motivação. Na contramão, estar desempregado (a) é uma situação para lá de complicada que pode trazer consequências desagradáveis. Não é fácil.

• Acontece que, na ânsia de conquistar uma vaga de emprego, muitas pessoas acabam aceitando salários menores e funções que nada tem a ver com elas. Essas condições, que, em certas situações, podem ser positivas para que o candidato (a) retorne ao mercado de trabalho e aprenda novas atividades, podem mostrar-se armadilhas e eu direi o porquê.

• Qualquer vaga serve? Não, não é bem assim. Mesmo sabendo da importância de estar empregado (a), conquistar uma vaga que não tem nada a vaga com o (a) candidato (a) pode trazer consequências tão nocivas quanto estar desempregado (a).

O que estou fazendo aqui?
• Uma sensação que pode acometer quem encontra um emprego que não tem muito a ver consigo é a falta de identificação com o local e com o entorno. Por mais que tente, torna-se difícil fazer parte da turma e sentir-se à vontade.

Me sinto desvalorizado (a)
• Por mais que, no início, realizar atividades de uma função inferior às que eram realizadas anteriormente tenha até sua graça, esse ânimo pode não durar muito. Logo, logo, a rotina se tornará maçante e enfadonha.

Quando vou poder mostrar o que sei?
• É frustrante saber que você pode dar mais, ser mais eficiente e decolar na nova empresa. Acontece que, dentro da caixa do cargo que você ocupa, muitas vezes não há o que fazer.

Estou empregado, mas porque não estou feliz?
• É o que pode se perguntar quem persegue qualquer vaga, mesmo que ela não preencha os seus requisitos. Infelizmente, estar empregado (a) nem sempre é sinônimo de satisfação.

• Por fim, digo que nunca há a certeza de que um cargo será o melhor para o candidato (a), e que há situações em que, realmente, qualquer vaga serve. Há situações, ainda, em que a vaga inicialmente incompatível pode tornar-se compatível e abrir portas para outros cargos e funções dentro da empresa. O que eu quis trazer aqui neste artigo é uma reflexão sobre estar empregado e estar satisfeito. Nem sempre é fácil resolver esta equação.

Karla Clarinda, atua na área de RH como estrategista em recolocação de profissionais. Formada em Administração e Contabilidade. Atua em frentes de trabalho com projeto social voltado para empregabilidade. Acesse: https://www.instagram.com/karla.clarinda.

MAIs LIDAS