O filme “Felicidade por um fio” traz a realidade da mulher negra em uma sociedade racista

A história de Violet Jones, que desde pequena é ensinada por sua mãe a manter a perfeição para fins de ser aceita na sociedade racista que a mãe mesma já vivenciara quando pequena. Essa perfeição é demonstrada com o cabelo da personagem, que segundo a mãe, deve estar sempre alisado e impecável.

Violet Jones (Sanaa Lathan) é uma publicitária bem-sucedida que considera sua vida perfeita, tendo um ótimo namorado e uma rotina organizada meticulosamente para conseguir estar sempre impecável. Após uma enorme desilusão, ela resolve repaginar o visual e o caminho de aceitação de seu cabelo está intrinsecamente ligado à sua reformulação como mulher, superando traumas que vêm desde a infância e pela primeira vez se colocando acima da opinião alheia.

A mensagem de Felicidade Por Um Fio é atual. O discurso afirmativo, se faz necessário. O cabelo da protagonista, Violet (Sanaa Lathan), sempre foi motivo de angústia. Mulher negra, ela teve de conviver desde a mais tenra idade com uma grande parcela da sociedade apregoando que seu crespo era feio, que alisá-lo era inevitável para apresentar-se bonita. Todavia, ainda assim, vide a óbvia prevalência da ideia contida na essência da trama, as coisas decorrem relativamente bem, com a deflagração da gritante futilidade vista, de leve, como outro subproduto da coletividade cultuadora de aparências. Imperdível!

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