
Segundo algumas tradições apócrifas, a mãe de Judas Iscariotes seria chamada Cibória. Esses relatos não pertencem aos evangelhos reconhecidos como canônicos, mas surgem em escritos e tradições posteriores que buscam preencher lacunas da narrativa bíblica. Independentemente da veracidade histórica, a figura da mãe de Judas nos convida a refletir sobre a dor de quem vê um filho perder-se em escolhas difíceis e trágicas.
Nesta meditação inspirada, imaginamos o encontro entre Maria, Mãe de Jesus, e Cibória, mãe de Judas. Não se trata de um fato histórico, mas de uma visão espiritual que simboliza o poder do perdão e da compaixão. Duas mães, unidas pela dor, encontram-se na eternidade: uma que viu o Filho ser crucificado, outra que viu o filho cair na ilusão.
No abraço eterno, desfaz-se o véu da culpa. Maria acolhe com ternura, e Cibória encontra consolo. Ali floresce o perdão, revelando que não há ferida que resista ao amor. Esse encontro imaginado nos lembra que a espiritualidade autêntica transcende julgamentos e que, diante de Deus, todas as dores se transformam em aprendizado e reconciliação.
O ambiente espiritual era de penumbra. A mãe de Judas caminhava só, envolta em tristeza, carregando no coração o peso da culpa. A escuridão refletia sua dor.
De repente, uma luz suave desceu do alto. Uma figura serena se aproximava, irradiando paz.
Maria (com voz calma): — Irmã, por que choras tanto?
Mãe de Judas (abatida): — Choro porque meu filho se perdeu. Ele traiu o Mestre e desde então carrego a vergonha de sua escolha. Não encontro consolo, apenas dor.
Maria (aproximando-se com ternura): — Nenhuma dor é eterna quando se abre o coração ao amor. Teu filho caiu na ilusão, mas o Pai não abandona nenhum de seus filhos.
Mãe de Judas (surpresa): — Quem és tu, que falas com tanta serenidade?
Maria (com suavidade): — Sou Maria, mãe de Jesus, aquele a quem teu filho entregou. Também eu conheci a dor, também eu chorei aos pés da cruz. Mas aprendi que o amor é mais forte que a culpa.
A mãe de Judas desfalece em pranto. Maria a envolve em um abraço luminoso, e a escuridão começa a se dissipar.
Nesse instante, uma figura tímida surge ao longe. É Judas, o espírito abatido, aproximando-se com hesitação.
Judas (com voz trêmula): — Mãe… Maria… será que ainda há esperança para mim?
Maria (olhando-o com ternura): — Sempre há esperança. O perdão é a ponte que nos leva de volta ao Pai.
A mãe de Judas segura a mão do filho, e Maria os envolve em sua luz. O ambiente se transforma em claridade.
De repente, coros de anjos descem em esplendor, entoando o poema como cântico celestial:
Coro dos Anjos (poema completo)
– Maria chora aos pés da cruz,
A outra busca sentido na luz.
Duas mães unidas pela dor,
Duas histórias no mesmo amor.
– Uma gerou o Filho da paz,
Outra viu o filho cair na ilusão.
Mas no céu se encontram, afinal,
Na eternidade, perdão fraternal.
Refrão
– Mães que choram, mães que esperam,
No coração de Deus se revelam.
Entre lágrimas nasce a canção,
De mães que geram perdão.
– Maria acolhe com ternura,
A dor da outra encontra ternura.
No abraço eterno se desfaz o véu,
E o perdão floresce no céu.
– Não há culpa que resista ao amor,
Nem ferida que não encontre calor.
Na união das mães se revela a verdade:
Deus é fonte de eternidade.”
Refrão
Mães que choram, mães que esperam,
No coração de Deus se revelam.
Entre lágrimas nasce a canção,
De mães que geram perdão.
A cena se encerra com Maria, a mãe de Judas e o próprio Judas envolvidos pela luz divina, enquanto os anjos continuam a cantar. O encontro torna-se símbolo eterno de que nenhuma culpa resiste ao amor, e que em Deus toda dor se transforma em redenção.
Meditação – ClaudioFajardoAutor – #claudiofajardoauthor

Judas Iscariotes
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