“Não Olhe para Cima” provoca comparações com o cenário político brasileiro

A possibilidade constante de um corpo celeste colidir com a Terra e solapar a existência humana já rendeu preocupação e inspiração. A obra aposta em humor e suspense para contar a história de dois cientistas que descobrem um corpo espacial sólido que está vindo em direção ao planeta e tentam alertar autoridades e imprensa para que providências sejam tomadas. Porém, são envolvidos em um jogo político de interesses em que a ciência não é lavada à sério. “É o filme certo na hora certa. Uma obra necessária e descreve com exatidão o mundo bizarro que vivemos.

Em cena, estão Leonardo DiCaprio, Jennifer Lawrence, Meryl Streep, Jonah Hill, Cate Blanchett, Timothée Chalamet e Rob Morgan, entre outros atores famosos.

Para ilustrar esse objetivo é que entra a metáfora do meteoro. São os astrônomos Randall Mindy (DiCaprio) e Kate Dibiasky (Jennifer) que fazem a descoberta surpreendente de que há um cometa orbitando o sistema solar e vindo em direção à Terra. Com o auxílio do doutor Oglethorpe (Rob Morgan), a dupla de pesquisadores encampa uma peregrinação na mídia e acaba no escritório da presidente Orlean (Meryl Streep) e de seu filho, Jason (Jonah Hill). Na conta dos cientistas autores da descoberta iminentemente fatal, restam seis meses para o choque, o que demandaria gerenciar as notícias o tempo todo e ganhar a atenção do público obcecado pelas redes sociais.

Porém, personagens como a presidente Orlean e seu filho Jason desacreditam o aviso, gerando comparações com quem nega dados científicos sobre, por exemplo, a pandemia de coronavírus e a eficácia das vacinas para conter a covid-19. Qualquer semelhança é mera coincidência. ‘Não Olhe para Cima’ é basicamente o mantra do negacionismo que diz ‘não queremos que vocês vejam a verdade.

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