Na última quarta-feira, dia 17, o Banco Central manteve novamente a taxa básica de juros, a Selic, em 15% ao ano, o maior patamar dos últimos anos, embora com o Copom já sinalizando possível pausa no ciclo de aperto monetário.
Paralelamente, a Confederação Nacional do Comércio (CNC) divulgou que a inadimplência das famílias brasileiras atingiu 30,2% em julho de 2025 — o maior nível em quase dois anos.
Esse dueto — juros altos + crescente atraso de pagamento — forma uma tempestade perfeita que afeta o bolso, o poder de compra e a saúde financeira das famílias. Com isso, precisamos entender essa correlação do porquê as famílias se endividam mesmo com juros nas alturas, além de oferecer dicas práticas de como sair desta tormenta.
A correlação entre Selic alta e inadimplência crescente
Por que o crédito ainda cresce apesar dos juros altos?
Mesmo com juros altos, há uma procura crescente por crédito. Algumas razões:
Dicas práticas para lidar com crédito e inadimplência em cenário de juros altos
Ação | Objetivo | Como colocar em prática |
Revisar dívidas atuais | Reduzir peso dos juros altos | Verificar juros de cartão, cheque especial, empréstimos; tentar renegociar ou consolidar dívidas, buscando taxas mais baixas. |
Orçamento rígido | Liberar margem para pagamento de dívidas | Fazer acompanhamento mensal de receitas vs. despesas; eliminar ralos, enxugar gastos e priorizar o pagamento de dívidas com juros mais altos. |
Evitar crédito rotativo /parcelamento sem juros | Evitar armadilhas com juros ocultos e abusivos | Usar cartões com cautela, anotando todas as despesas realizadas com eles e, em caso de parcelamento, verificar se há juros ocultos ou abusivos. |
Reserva de emergência | Evitar recorrer sempre ao crédito como segunda fonte de renda | Reservar um valor mensal (mesmo que seja pequeno inicialmente) para imprevistos, de modo que possa atender às emergências que sempre surgirão ao longo da vida. |
Avaliar o custo real do crédito | Saber exatamente quanto se vai pagar no total do empréstimo tomado | Solicitar o Custo Efetivo Total (CET) antes de aceitar empréstimos e sempre comparar ofertas. |
Procurar um planejador financeiro com certificação CFP ® é diferencial
A manutenção da taxa básica de juros em 15% ao ano e a inadimplência no mais alto patamar em quase dois anos são sinais visíveis de que o consumidor brasileiro está sob pressão. O crédito mais caro, somado aos atrasos crescentes, sinaliza um alerta a curto prazo.
Mas, mesmo nesses cenários adversos, há saída. Com informação, disciplina, ações práticas e ajuda profissional, especialmente de um planejador CFP®, é possível retomar o controle financeiro, evitar que o crédito vire armadilha a fim de garantir que o presente não comprometa o futuro.
Rogério Nakata é Planejador Financeiro CFP® da Economia Comportamental e palestrante sobre os temas Educação Financeira e Planejamento Financeiro de grandes organizações públicas e privadas.
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