O casal Marcos (Ricardo Darín) e Ana (Mercedes Morán) vivem juntos há 25 anos, mas o casamento não está mais dando certo. Quando o filho do casal decide sair do país para estudar, eles optam pelo divórcio.

Ana é quem mais sente o golpe, recorrendo rapidamente às fotografias da infância do rebento, sendo então alvo das brincadeiras e do cuidado carinhoso do marido Marcos. No entanto mais que estabelecer um percurso alimentado pela chamada Síndrome do Ninho Vazio, o cineasta Juan Vera, experiente produtor, roteirista e diretor, fundamenta a trama nas dúvidas do casal quanto ao que se é depois da debandada da prole. Na cena, que evidencia esse prisma sobressalente, os dois se sentam na sala questionando o amor alheio, a chama que por muitos anos permaneceu abafada pelas tarefas cotidianas. Diferentemente dos amigos que mantém casos extraconjugais, eles decidem simplesmente romper por ausência de paixão, intentando recomeçar em outros lugares. Em suas jornadas individuais, os dois descobrem aspectos bons e ruins sobre si mesmos, porém, ambos dão sinais que irão acabar voltando para o antigo casamento. Como ambos encontram dificuldades para seguir a vida de solteiro, Marcos convida sua ex-esposa para sair novamente.