A felicidade tóxica é um conceito que vem ganhando destaque nos últimos anos. Isso pode ser sentido até mesmo nas redes sociais, onde, se olharmos mais cuidadosamente, perceberemos que ninguém é infeliz no Facebook ou no Instagram, não é mesmo? Lá, as pessoas estão sempre felizes, com dinheiro no bolso e, até mesmo, aparentam não ter nenhuma dívida preocupante ou à perder de vista, ostentando viagens glamurosas, frequentando restaurantes caros ou se hospedando em hotéis luxuosos que não cabem no orçamento de muitas delas.
O problema de ser positivo o tempo todo (e não há nenhum problema nisso desde que não ultrapasse os limites da razoabilidade) é que o indivíduo ignora ou minimiza as emoções negativas e desafios reais. Embora o otimismo seja uma qualidade valiosa e até explorada em cursos ou palestras motivacionais, seu excesso pode levar a problemas graves, especialmente no que diz respeito às finanças pessoais e ao planejamento financeiro. Quando aplicado ao universo das finanças comportamentais, esse pensamento pode se transformar em uma verdadeira armadilha que incentiva decisões financeiras imprudentes e aumenta o risco de endividamento das pessoas e de suas famílias.
O Perigo do Otimismo Exagerado nas Finanças
As finanças comportamentais estudam como as emoções e vieses psicológicos afetam as decisões econômicas e o comportamento das pessoas com relação ao dinheiro. A felicidade tóxica pode amplificar vieses como o excesso de confiança e a ilusão de controle, levando indivíduos a subestimarem riscos financeiros e supervalorizarem suas capacidades de recuperação econômica. Isso resulta em gastos impensados, investimentos com retornos irreais, apostas imprudentes, endividamento crescente e dificuldades para lidar com imprevistos.
Principais Efeitos da Felicidade Tóxica nas Finanças:
Como Equilibrar o Otimismo com a Realidade Financeira
Por fim, a felicidade tóxica, quando aliada a uma gestão financeira imprudente, pode comprometer não apenas a saúde econômica individual, mas também a qualidade de vida no ambiente familiar e até profissional. Ter um olhar positivo é essencial, mas precisa estar ancorado na realidade financeira. O segredo é encontrar um equilíbrio entre otimismo e planejamento, garantindo assim um futuro financeiro estável e seguro.
Para isso, conte sempre com a ajuda de um profissional com a certificação CFP® que pela sua experiência com outras pessoas e famílias conseguirá auxiliá-lo a equilibrar o positivismo exagerado, alinhando tudo isso a um planejamento financeiro adequado, para que possa fazer bom uso deste entusiasmo, vendo o seu dinheiro crescer, somado a uma reserva de emergência que minimize preocupações futuras.
Rir de tudo também pode significar desespero nas finanças pessoais e no dia a dia de nossa vida financeira, portanto, fique atento, pois até água em excesso pode ser prejudicial à saúde. Então, não se afogue tanto com água abundante e nem pelo positivismo exacerbado.
Rogério Nakata é Planejador Financeiro CFP® da Economia Comportamental e palestrante sobre os temas Educação Financeira e Planejamento Financeiro de grandes organizações. E-mail: atendimento@economiacomportamental.com.br
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