Olá vereador, tudo bem?
Estou aqui para falar que te conheço…
Eu conheço você que foi aliado do Paço Municipal, posando ao lado do prefeito e que agora, ao mudar de partido para apoiar outro candidato, resolveu gravar vídeos tecendo críticas à atual gestão, com ações das quais você sempre deu a mão. É impressionante que no final do mandato você resolveu manifestar uma “injustiça”, afirmando dificuldades em suas proposições, criticando convenientemente o Executivo. Onde estava nestes 4 anos?
Eu conheço você que não obteve Projeto de Lei aprovado, nadando na onda da rotina e do salário bem pago, que apareceu em reuniões pouco notadas, nessa carreira de sucesso de ocasiões e mandatos. Baixo clero tem em Brasília, na Alesp e em Jacareí para quem consegue um cargo com um pouco de verniz. Nessa legislatura de ocasião, que a maioria dos vereadores acenaram ao governo e apresentaram pouca fiscalização, a impressão é que a função do vereador nem deveria existir, se for apenas para tudo “sim” e “amém”.
De amém, existe o vereador que bem conheço: o que sobe nos púlpitos para angariar votos. Desses nós temos dúvidas se prestam contas à população ou ao sacerdote. Usa o nome de Deus para ser e estar, mas para atuar alguns deixam dúvidas. Muitos são iguais aquele discurso, dito por Jesus, que “coam um mosquito, mas engolem um camelo”, preocupados com “franjas”, mas nem sequer pisam na periferia, onde o exercício da verdadeira religião existe ao cuidar do órfão e da viúva.
E não me esqueço de você, político profissional, pois sabe exercer alguma função, se não aquela que por vários mandatos faz na Câmara Municipal? E aquele que me lembra do voto de cabresto, pensando ser dono do bairro, fiscalizando quem circula em seu curral, nessa “FAPIJA” que aqui “adversário nenhum pisa”?
Nós conhecemos vocês, ainda mais nesses dias em que todos apertam nossas mãos na feira do sábado. Poucos sabem dos projetos que vocês aprovaram, da fiscalização das obras públicas, das exigências para a zeladoria municipal, da presença na periferia, das denúncias e soluções diante das formas de violência, da juventude à revelia, das ruas sem iluminação, da necessidade para um plano de enchentes, diante da vida pública e pragmática que deve ter um vereador.
A vida do vereador de Jacareí precisa sair do Centro e ir para as bordas. Precisa ir, por exemplo, para Veraneio Ijal, que já foi até matéria jornalística de televisão sobre as carências não atendidas por décadas; precisa visitar ruas em Santo Antônio da Boa Vista, Via Zezé, Rio Comprido, lutar pelas necessidades das crianças com autismo. A vida do vereador, salvo exceções, precisa sair do clube de velhos amigos quando a plenária parece um café em volta de homenagens e poucos propósitos. Está na hora de colocar Jacareí no mapa do nosso país.
Gustavo Montóia
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