No Dia Nacional de Combate ao Câncer, celebrado em 27 de novembro, o alerta vai além das campanhas e reforça a necessidade de atenção constante à saúde bucal — área onde o diagnóstico precoce pode literalmente salvar vidas. O câncer de boca é uma das neoplasias mais incidentes no país e, quando identificado tardiamente, pode comprometer fala, mastigação e até a autoestima do paciente.
De acordo com a cirurgiã de cabeça e pescoço Dra. Silvia Picado, da Verte Clinique, os principais fatores de risco continuam sendo o tabagismo e o consumo excessivo de álcool, especialmente quando combinados. “Esses dois hábitos apresentam um efeito sinérgico e aumentam muito o risco da doença”, explica a médica. Outros fatores também merecem atenção, como a exposição solar sem proteção (principalmente nos lábios), má higiene bucal, uso de próteses mal adaptadas, infecção por HPV, além da obesidade e de uma alimentação pobre em frutas e verduras.
Para Dra. Silvia, a prevenção é o melhor tratamento. “É imprescindível parar de fumar, reduzir o consumo de bebidas alcoólicas, usar protetor labial com filtro solar, manter boa higiene bucal e uma alimentação saudável. Também é importante lembrar do uso de preservativo oral e da vacinação contra o HPV”, reforça.
Os sinais de alerta também exigem atenção: lesões que não cicatrizam em até 15 dias, manchas avermelhadas ou esbranquiçadas, feridas, nódulos, sangramentos sem causa aparente, dor irradiada para o ouvido, rouquidão persistente e dificuldade para engolir ou movimentar a língua devem ser motivos para buscar avaliação médica.
“A consulta regular com o dentista e o autoexame da cavidade oral são atitudes simples que fazem toda a diferença. O dentista tem papel essencial na identificação de lesões iniciais, mas, diante da persistência dos sintomas, o encaminhamento ao cirurgião de cabeça e pescoço é fundamental”, ressalta a especialista.
O Dia Nacional de Combate ao Câncer é um marco para incentivar o autocuidado e reforçar que informação é a principal ferramenta de prevenção. “Campanhas como essa são fundamentais para conscientizar a população, promover o diagnóstico precoce e ampliar o acesso ao tratamento. Detectar cedo preserva não apenas a vida, mas também a qualidade dela”, conclui Dra. Silvia.

Sobre Sílvia Picado
A Dra. Sílvia Picado possui graduação em Ciências Médicas pelo Centro Universitário Lusíada (UNILUS). Concluiu Residência Médica em Cirurgia de Cabeça e Pescoço em 2015 e obteve o título de especialista pela Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SBCCP) no mesmo ano, tornando-se membro efetivo e integrante da atual comissão de marketing da SBCCP.
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