Dia da Indústria e o futuro do Brasil

O Dia da Indústria, 25 de maio, foi instituído em homenagem ao seu patrono no Brasil, Roberto Simonsen, falecido nessa data, em 1948. Sua trajetória sintetiza a resiliência e capacidade do empresariado do setor, como se observa na região de Jacareí. O primeiro grande impulso da manufatura no País ocorreu logo após a Primeira Guerra Mundial, que criou dificuldades de importação, abrindo espaço à produção nacional.

O CIESP, fundado em 1928, nasceu para ajudar no desenvolvimento da atividade, transformar métodos e pensamentos. A partir dos anos de 1950, a indústria teve um novo impulso, chegando a representar 25% do PIB brasileiro. Nas últimas quatro décadas, sua participação foi caindo, situando-se hoje em 11,3%. Considerada sua importância, não é sem razão que o crescimento econômico também tenha sido menor.

Por isso, temos defendido perante o governo uma nova política industrial. Visando contribuir para a adoção de medidas eficazes, o CIESP e a FIESP produziram o estudo Macrotendências Mundiais até 2040, que aponta os fatores mais impactantes: saúde, alimentos, energia, infraestrutura, urbanização, mudanças no perfil do consumidor, trabalho e qualificação, segurança, entretenimento e turismo.

Nota-se que a indústria será cada vez mais voltada às pessoas, o que implica atender à governança ambiental, social e corporativa (ESG), promover ganhos de produtividade para gerar mais empregos e agregar tecnologias com foco no bem-estar. Diante da grandeza dos desafios, reiteramos a capacidade dos empresários e recursos humanos do setor e manifestamos a certeza de que o futuro começa a ser construído no chão de fábrica!

Rafael Cervone, engenheiro e empresário, é o presidente do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP).

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