ACRIZIO SANT’ANNA – um herói jacareiense
Você já deve ter lido inúmeras vezes o nome da rua do Correio na placa, mas não sabe porque foi feita essa homenagem. A partir do momento que você ler esta coluna, sua leitura jamais será a mesma.
Acrizio Sant’Anna nasceu em Jacareí no dia 2 de setembro de 1902 e era filho de João Domingues Sant’Anna e Lucia Carolina Sant’Anna. Tinha os seguintes irmãos: Aurélio, Anibal, Alzira, Atílio e Amandina Sant’Anna.
Entrou para o Exército em 1924 e tomou parte na Revolução chefiada pelo general Izidoro Dias Lopes, ao qual aderiu no começo das hostilidades. Fez parte da chamada Coluna da Morte, do tenente João Cabanas, com ela percorrendo parte de São Paulo e de outros Estados até a foz do Iguaçu, onde a referida coluna se dissolveu. Em seguida internou-se no Uruguai, onde durante dois meses ganhou a vida em trabalhos braçais. Apresentou-se depois ao consul brasileiro em Montevideo, com mais 24 outros ex-revolucionários, foi repatriado, chegando a Santos a 4 de junho de 1925, sendo imediatamente preso. A 23 de julho do mesmo ano, foi posto em liberdade e excluído do Exército. Em 1930, atendeu ao chamado do general Isidoro, que o promoveu ao 2o. sargento. Vitoriosa essa revolução, foi designado para o 6o. R.I., com sede em Caçapava. Em 1931 obteve sua transferência para a Escola de sargentos, no Rio de Janeiro, de onde voltou, aguardando promoção a 1º. sargento. Seguiu para a frente no dia 10 de julho e entrou nos primeiros combates travados no município de São José do Barreiro. Acrísio Sant’Anna pertencia à Ia. Cia. do 1o. Batalhão do 6o. R.I. com o qual combateu desde os primeiros dias da revolução. Atingido por uma granada de 75 (?) cuja explosão dilacerou totalmente suas pernas e mais o braço esquerdo, mas assim mesmo manteve sua moral elevada a ponto de continuar a incentivar seus companheiros a prosseguir na luta. A sua unidade ocupava um dos setores mais batidos pela artilharia inimiga, no Morro Frio, pouco além de Areias. Ferido a 7 de agosto de 1932, faleceu no mesmo dia, no Hospital de Silveiras, onde foi sepultado. Posteriormente foi seu corpo trasladado para Jacareí, onde foi recebido com excepcionais homenagens do povo e das autoridades locais. De São Paulo diversas comissões e personalidade vieram para tomar parte nas homenagens.
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