Existe uma praça em seu bairro, uma quadra poliesportiva, uma academia ao ar livre ou um parque. Há uma grande chance de famílias frequentarem com seus filhos. Os adolescentes ganham espaços públicos de lazer, as crianças de entretenimento e os adultos o ar livre depois de um dia de trabalho.
Contudo, o que é que você encontra? Bancos sem assentos, equipamentos da academia ao ar livre deteriorados, Parque com mato alto. A contar com as ruas de asfaltos remendados e os meios fios nunca pintados, a paisagem da cidade deixa a desejar… Esse é um dos desafios do município de Jacareí e tarefa dessa nova gestão: manter a cidade com condições que contribuem para a sensação de bem-estar, pois é um elemento que gera pertencimento à cidade.
Estudos apontam que parques com infraestrutura adequada, acessibilidade, e segurança incentivam a prática de atividade física, e a qualidade dos equipamentos urbanos está associado aos interesses dos usuários naquele lugar – e não é esse um dos temas de interesse da atual gestão municipal, uma cidade saudável? Importante destacar a necessidade da proximidade com as residências e espaços voltados para crianças e idosos.
A percepção que se tem da cidade, com falta de manutenção dos equipamentos públicos e até daquilo que se chama de “embelezamento” da paisagem urbana, com varrições e pinturas, propiciam bem-estar e valorização da própria cidade. É de entendimento que dentro desse cenário, saneamento básico, melhores condições de moradia, redução da violência são aspectos essenciais, porém, uma ação não exclui a outra.
Jacques Le Goff escreveu que a cidade é um lugar em que mais se constrói, do que ser conserva ou se destrói. Dessa maneira, melhor seria conservar os equipamentos já existentes do que apenas apresentar grandes construções que podem entrar nesse ciclo vicioso de sucateamento.
Uma ferramenta de monitoramento seria uma excelente alternativa para a incentivar a população a cobrar pela manutenção e apontar para o Poder Público a cidade que se quer ter, além de prazos menores das averiguações e satisfação do serviço público prestado, afinal de contas, não é apenas da taxa de coleta de lixo que o munícipe deve ser lembrado.
Os vereadores desse novo mandato também precisam apresentar mais resultados do que “garganta”. Ninguém quer assistir mais vereadores que gravam vídeos tocando em temas que não são de sua alçada ou realizando “fiscalizações” que não pertence à sua função. Precisa de enfrentamento para as necessidades da cidade e menos ocupação com o erário público em homenagens e cafés.
Gustavo Montoia é geógrafo e doutor em Planejamento Urbano e Regional pela UNIVAP. É docente dos Colégios Univap e da EE Francisco Feliciano F. da Silva (Verdinho) e pesquisador-colaborador do Laboratório de Estudos das Cidades da Universidade do Vale do Paraíba. @semanariojornal
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