Neste sábado (9) acontece a Procissão dos Mortos 2025

Neste sábado, dia 09 de agosto, das 19h com saída as 21h, acontece a edição da tradicional Procissão dos Mortos, de Jacareí. Os entusiastas das lendas da cidade se juntaram em torno de um grupo chamado de “Guardiões das Procissões”. Birma, Paul, Everson, Chamim e Peninck participam de diversas formas para que o evento aconteça e as novas gerações conheçam a Cultura Local.

Para esse ano Paul Constantinides compôs uma Ladainha para a Procissão, cantada pelos artistas de Jacareí: Tânia Reis e Júlio Santos, que pode ser ouvida pelo Aplicativo Spotify:
https://open.spotify.com/intl-pt/track/4Pc0KZzQgAEdawTMyIXGAX

O evento ocorre desde 2010, sempre no mês de agosto, que é dedicado ao Folclore, e é inspirada em uma lenda, tradicional da cidade de Jacareí; sobre uma Romaria de mortos que revoltados com a mudança de local dos pequenos cemitérios saíam de seus túmulos e seguiam, em lamentos, até a Nova Necrópole, na região do Avareí. Se alguma pessoa, viva, fosse surpreendida espionando o cortejo recebia uma vela que, ao se apagar, transformava-se em osso humano e a pessoa morreria até a próxima procissão.

Birma, uma das organizadoras comenta que o fascinante é como os fatos históricos se entrelaçam com causos e estórias que vão sendo passados de geração pra geração e que a curiosidade faz com que a população acabe se aproximando da história da cidade e de seus personagens, como Luiz Simon, que teve grande participação na criação do Cemitério Municipal, visto que só assim os Judeus, caso de sua família, e outros grupos excluídos puderam ter direito ao sepultamento, já que os antigos cemitérios eram de organizações católicas.

Existem 2 formas de se contar a Lenda – segundo Everson Romero – a de uma velhinha fofoqueira que fica acordada espiando a vida alheia e é surpreendida pelo Cortejo e uma que diz que é uma criança, movida pela curiosidade, que recebe uma vela que irá se transformar em osso na manhã seguinte à procissão. É sabido que a verdadeira é a da criança e só não dizem o nome dela em respeito à família que é muito conhecida aqui na cidade. Mateus Chamim, que ajuda na organização e sempre colaborou para que o público saia maquiado no evento lembra que a concentração começa as 19 horas justamente para que dê tempo das pessoas se prepararem para o inicio às 21:00. “É muito legal, a gente arrecada os itens de maquiagem e nos preparamos para ajudar na produção do público… pedimos que as pessoas venham com roupas fúnebres, escuras, para ficar um clima de velório, ano passado tivemos pessoas com fantasias de personagens de Cinema, Cosplay”.

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