5 benefícios da nova lei de amparo psicológico a mães

Katherine Sorroche / Foto Perfil Youtube – Divulgação

Dentro de 6 meses, pessoas grávidas e no puerpério (pós-parto), terão garantido o acesso a acompanhamento de saúde mental pelo Sistema Único de Saúde (SUS), conforme lei sancionada pela presidência da república no início de novembro.
Katherine Sorroche, psicóloga especialista em saúde mental da mulher e parentalidade, avalia que a medida chega para facilitar a lida com diversas das dificuldades enfrentadas desde o planejamento da gravidez, até o pós-parto. “O ciclo gravídico-puerperal, que compreende desde o desejo de ter um filho (ou não), passando pela gestação, parto e puerpério, é um período que desencadeia diversos processos psíquicos na mulher, e na família”, conceitua a especialista. Ela aponta cinco contextos em que a mulher se beneficiará do amparo psicológico.

1-Transformação interna: Ela entende que a sanção da lei facilita a visibilidade e dá espaço para mudanças internas transformadoras. “Gestar traz não somente mudanças físicas, como também mudanças internas profundas, tornando essencial olharmos e cuidarmos dos medos, anseios e angústias”, observa.

2-Sutilezas que afetam mãe e bebê: Katherine ressalta a importância da lei na condução do amparo levando em conta o contexto social, financeiro, conjugal, afetivo e emocional da mulher. ” Desde a concepção, esses fatores interferem diretamente na saúde mental da mãe, no vínculo mãe-bebê e na formação do psiquismo da criança”, amplifica a especialista.

3-Informação como prevenção: Outro ponto que a psicóloga destaca como benefício da lei é o fato de que as mulheres terão mais acesso ao que pode acontecer com a mente delas durante esse período, o que tende a ajudá-las a lidar melhor com essas situações, caso aconteçam de fato. “Ter assistência psicológica durante a gestação, parto e puerpério é efetivo tanto para o diagnóstico, manejo e tratamento de transtornos perinatais (depressão gestacional, depressão pós-parto e transtorno de ansiedade), como também é um grande aliado na prevenção destes e outros transtornos”, explica a Katherine.

4-Mais segurança e confiança: Katherine pondera, ainda, que mesmo sem transtornos diagnosticados, a característica educativa dessa iniciativa deve suavizar todo o processo de vivência da maternidade, da relação com o bebê e dos cuidados com a criança. “Receber informação acerca do puerpério fisiológico e emocional, da mudança de vida após a chegada do bebê e a respeito das necessidades fisiológicas, psicológicas e afetivas do bebê certamente contribuem e muito para que essa mulher atravesse o puerpério de forma mais segura e confiante”, avalia.

5-Melhor lida com gravidez de risco: “A assistência psicológica também é um grande aliado quando há gestação de risco, contribuindo para a compreensão maior da dinâmica que se estabelece, bem como para alívio da sobrecarga emocional”, lembra a psicóloga.

Acesso à assistência O amparo psicológico, segundo Katherine, poderá ocorrer após avaliação e encaminhamento do profissional de saúde no pré-natal e no puerpério, de acordo com o prognóstico.

Katherine Sorroche (CRP:06/76400): Formada em 2004 pela Faculdade de Psicologia da Universidade Mackenzie, especializada em Saúde Mental Feminina, Psicologia Perinatal, Psicologia do Puerpério e Parentalidade. Formação em Master Coach pela SLAC em 2020.

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